Saturday, August 28, 2010

Comentários em Destaque


"OLÁ GRILO! TENHO UM ALUNO COM ESSE NOME, QUERO DIZER APELIDO! EU JA VINHA TRABALHANDO COM ESSA FERRAMENTA NA FACULDADE, MAS NÃO DE MANEIRA TÃO APROFUNDADA ASSIM COMO NO SEU BLOG.EU JA HAVIA ACESSADO ANTES, MAS AGORA TA SENDO OBRIGATORIO PELO CONCURSO DO ESTADO DE SÃO PAULO, NUM CURSO PREPARATÓRIO E AVALIATIVO. VOCÊ ESTÁ AJUDANDO MUITO OS PROFESSORES DO BRASIL. OBRIGADA PELAS ELUCIDAÇÕES E BOA TRAGETÓRIA!AH!AMEI A FRASE QUE INICIA O BLOG!!!!!TSTSTSTSKKKKK VOCÊ TEM TODA RAZÃO!!!! ABRAÇOS CATHARINA N ADAMO"

A todos os amigos de São Paulo que têm vindo a comentar no blogue quero enviar um abraço, desejar as maiores felicidades pessoais e profissionais e agradecer tudo o que têm dito sobre este meu trabalho. Ele foi feito precisamente para este fim e é muito bom saber que está a ajudar pessoas "do outro lado do mundo" com desafios semelhantes. Vou tentar responder individualmente a questões mais concretas, embora agora o meu tempo seja muito pouco porque interrompi a minha actividade lectiva e sou Presidente da Câmara (equivalente ao vosso "prefeito") de Alandroal, um extraordinário território de 540 quilometros quadrados no Alentejo, com muitos problemas para resolver e que vos convido a conhecer.
A todos um forte abraço

João Grilo

Sunday, March 05, 2006

Um pouco de história


Tradicionalmente, os arquitectos, artistas e modelos usam os portefólios para apresentarem amostras do seu trabalho ou para demonstrar as suas capacidades a potenciais empregadores. Para estes profissionais, os portefólios constituem um registo e uma demonstração dos objectivos alcançados e dos atributos profissionais desenvolvidos ao longo do tempo e em colaboração com outros (Winsor, 1998).
Ao ser importado para o campo educativo o conceito de portefólio sofreu profundas alterações.
A aplicação deste conceito nos contextos de ensino, mais concretamente na avaliação do desempenho dos professores teve o seu início no Canadá, na década de 70, onde era designado por “teaching dossier”. Contudo, a origem do “portfolio movement” viria a localizar-se nos Estados Unidos, no início da década de 90, sendo de destacar, para tal, os trabalhos pioneiros desenvolvidos por Lee Shulman e os seus colegas no Teacher Assessment Project (TAP), do Institute for Research on Teaching, Michigan State University. Deste trabalho resultou um dos primeiros texto publicados sobre o tema, “The scholteacher’s portfolio: an essay on possibilities”, de Tom Bird, que se tornou, em 1990,num capítulo do livro “The new handbook of teacher evaluation: assessing elementary and secundary school teachers” editado por Millman & Darling-Hammond (Shulman, 1998). Com a curiosidade de ser uma apresentação teórica do portefólio num momento que, na prática, ainda muito pouco estava feito.
Desde esse momemto, sobretudo nos países anglo-saxónicos e com natural relevância para os Estados Unidos, onde foram considerados pela Association for Supervision and Curriculum como uma das três metodologias de topo, actualmente em uso no país os portefólios têm vindo a ganharam um lugar de destaque em âmbitos tão diversificados como, por exemplo:
· a avaliação da aprendizagem dos alunos (neste momento, existem estados nos Estados Unidos em que o portefólio constitui um instrumento de avaliação da totalidade dos alunos);
· a avaliação de professores em formação e certificação de professores já formados ( a americana National Board for Professional Teaching Standards, criada para melhorar a qualidade da certificação de professores a nível nacional, faz depender essa certificação da apresentação de um portefólio);
· a avaliação dos professores universitários (segundo Rodriguez-Farrar, em 1998 eram mais de 400 as instituições que nos Estados Unidos usavam os portefólios para a avaliação do desempenho dos seus docentes);
· como forma especial de Curriculum vitae, demonstrativo de determinadas competências e capacidades para determinado emprego ou função (Nunes, 2000) (nos Estados Unidos os professores são responsáveis pela procura da sua própria colocação, passando muitas vezes por entrevistas nas escolas onde pretendem ser colocados).
Em Portugal, estamos ainda a dar os primeiros passos no que a esta estratégia de investigação-acção-formação se refere. Como nos diz Sá-Chaves (2000), “têm vindo a ser desenvolvidos esforços no sentido de uma melhor compreensão das implicações positivas que possam decorrer da sua utilização como estratégia de formação, de investigação, de avaliação e ainda como estratégia de investigação ao serviço da qualidade da formação”.

O que é o portefólio do professor?





Em resposta à Filipa Xavier, podemos dizer que o portefólio do professor é uma colecção razoavelmente pequena e criteriosamente organizada de materiais e recursos produzidos pelo professor ou em colaboração com outros, que sejam representativos:
do seu trabalho;
do seu estatuto profissional;
da sua competência pedagógica;
do seu conhecimento dos conteúdos que lecciona; de outros atributos pessoais e profissionais que contribuem para o tornar um professor único;
Com espaço para a reflexão e auto-avaliação;
Organizado numa pasta ou dossiê ou em suporte digital.

O que é que transforma um conjunto de artefactos num portefólio?
Reflexividade (para conhecer, actuar, mudar, melhorar);
Implicação pessoal (o portefólio leva uma pessoa dentro);
Continuidade (construído e reconstruído ao longo do tempo, “longa carta” que o professor envia a si próprio);
Partilha (colegas, alunos, outros).

O que é o portefólio do aluno?



De acordo com Valadares e Graça (1998), o portefólio do aluno pode ser entendido como uma colecção organizada e devidamente planeada de trabalhos produzidos pelo aluno ao longo de um período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão tão alargada quanto possível do seu desenvolvimento (cognitivo, metacognitivo e afectivo). Para a National Education Association, EUA (1993), corresponde a um registo da aprendizagem baseado no trabalho do aluno e na sua reflexão sobre esse trabalho.
Daqui sobressaem as características mais marcantes desta metodologia:

· Uma colecção de trabalhos; Quer a selecção de trabalhos seja da responsabilidade do aluno, quer seja determinada pelo professor ou quer resulte de decisões negociadas entre ambos, a colecção de trabalhos resultante deve revestir-se sempre de um carácter representativo, opondo-se claramente a recolhas sistemáticas e exaustivas do trabalho desenvolvido pelo aluno;

· Criada com um propósito; Promover o desenvolvimento de competências gerais, competências específicas, constituir um elemento de avaliação dos progressos do aluno numa ou em várias disciplinas, etc.

· Com espaço para a reflexão e auto-avaliação do aluno; A “pedra de toque” do portefólio. O que o transforma num “potente” instrumento de aprendizagem e desenvolvimento.

Retomando a ideia de que o portefólio é uma pasta com gente dentro, o portefólio do aluno pode ser entendido como um roteiro dos percursos pessoais de crescimento, desenvolvimento e aprendizagem do aluno, da pessoa a que pertence. É um diário educativo ou autobiografia do aprendente em que o mesmo de deve encontrar profundamente implicado (Nunes, 2000).

O formato conta?!




Em resposta (algo tardia, é certo!) à Maria Luísa Lencastre, que gosta pouco do tradicional formato de dossiê do portefólio, falemos um pouco sobre essa questão: a do formato/suporte em que o portefólio é apresentado.
É claro para todos que o mais importante num portefólio é o seu conteúdo, o que diz sobre a pessoa que está lá dentro! Agora, não é menos verdade que “os olhos também comem” e o modo como nos apresentamos perante os outros, sobretudo em contextos de avaliação, não só é importante como pode fazer toda a diferença. E se o fizermos com um toque pessoal de originalidade e inovação, tanto melhor.
Portanto, penso que a melhor solução para a questão é simplesmente dar total liberdade ao aluno para apresentar o portefólio no formato que preferir. Só assim podem surgir apresentações que nos surpreendam.
Sempre que damos alguma orientação quanto à forma do portefólio ou apresentamos exemplos, a esmagadora maioria dos alunos irá cair na tentação de apresentar algo semelhante ao que mostrámos.

Todas as possibilidades são válidas. Para além dos dossiês, podem surgir os diários ou jornais, os posters e cartazes, as apresentações em PowerPoint ou “Flash”, as páginas web (Webfólios!), os filmes, os documentários ou as encenações teatrais, até as caixas de sapatos (no caso dos miúdos!). O limite é mesmo a imaginação!

Thursday, October 27, 2005

Nova etapa!


Devido a um envolvimento quase repentino na gestão autárquica do meu concelho (Alandroal, onde vou ser responsável, entre outras coisas, pela Educação!) deixei agora, por um período não inferior a 4 anos, a escola onde lecciono desde que conclui o meu estágio pedagógico há quase uma década.
Não foi uma decisão fácil por variadíssimos motivos que a este espaço pouco interessam.
No que há escola e aos portefólios diz respeito não foi fácil pela simples razão de que uma e outros representam os dois pilares há volta dos quais tenho vindo a construir a minha identidade profissional, e até pessoal, de um modo que sempre considerei altamente recompensador! Em relação a ambos, o meu campo de exploração, progressão e aprofundamento está, neste momento, longe de estar esgotado. Depois de 6 anos a investigar a temática, é para mim particularmente difícil “deixar o barco” no momento em que os portefólios (e as filosofias que eles representam) parecem estar a dar o salto para o dia-a-dia das nossas salas de aula. Contudo, fico feliz por ver que isso está a acontecer e até com uma pontinha de muito humana vaidade por estar a contribuir, de modo indelével, é certo, para tal movimento.
Mas se é difícil deixar de lado a escola e deixar de lado os portefólios e os portefólios e a escola e os portefólios e a formação e a formação e a escola… mais difícil está a ser deixar, antes do tempo, os alunos que envolvi no processo.
Porque tudo isto só faz sentido com eles e para eles. Porque eles ajudaram a mostrar que os portefólios funcionam para além das fantásticas teorias dos livros americanos. Porque eles corresponderam aos desafios que lhes lancei e foram além desses desafios. Porque eles se comprometeram com o trabalho e por isso desenvolveram os melhores portefólios, porque eles são as melhores pessoas.
“Turma B”, “Turma C” e “Turma D”, obrigado! Aprendi muito com todos vocês!

Wednesday, October 12, 2005

Cuidados a ter!

Em resposta à Joana, deixo aqui alguns dos cuidados a ter na hora de optar pelo desenvolvimento de um portefólio. Uma implementação precipitada, pouco reflectida ou desajustada às necessidades e característica dos nossos alunos pode comprometer o processo e levar à desmotivação, mau uso e até mesmo ao abandono da metodologia.
Assim, devemos dar especial atenção aos seguintes aspectos:

· Definir o nosso quadro conceptual de referência. A visão pessoal que temos da educação. O modo como encaramos o ensino e a aprendizagem, o papel que reservamos para o professor e para o aluno nesse processo. Estes posicionamentos e as características pessoais de cada um de nós são determinantes para o tipo de portefólio que vamos desenvolver e para a profundidade com que o faremos.

· Começar lentamente. Ser ambicioso, mas não no curto prazo. Utilizar a “estratégia da sopa de pedra”: começar a sopa com uma pedra e água – começar o portefólio com alguns objectivos e metas – e ir juntando os ingredientes aos poucos, ou seja, aumentar a complexidade, lenta e progressivamente, à medida que dominamos as variáveis já em jogo. Se chegarmos e pedirmos logo “a sopa completa” é meio caminho andado para gerar confusão e desmotivação nos nossos alunos.

· Ganhar aceitação. Através de um adequado processo de esclarecimento, formação e negociação. Ganhar a aceitação dos alunos que por vezes demoram a perceber as particularidades da metodologia que lhes exige novas formas de estar, pensar e actuar e contrárias à postura estática em relação à aprendizagem que foram habituados a adoptar. Ganhar aceitação dos colegas eventualmente envolvidos e dos pais e encarregados de educação.

· Incentivar o sentido de pertença. Os alunos devem conhecer as virtudes e os defeitos ou dificuldades de metodologia e sentirem-se parte interessada no processo de desenvolvimento do portefólio.

· Clarificar os objectivos e a organização. Como é que o portefólio será usado (Porquê? Para quê? Como? Quando?). Como vai servir a avaliação e a classificação. Qual a estrutura (obrigatória, recomendada ou flexível) e os respectivos critérios de avaliação (se for caso disso).

· Utilizar exemplos. Dada a novidade associada aos portefólios o recurso a exemplos pode constituir uma importante ajuda. É preciso ter sempre em atenção que estes exemplos não devem funcionar como modelos a copiar e seguir, mas sim como referências a adaptar às nossas necessidades concretas. Como tal, devemos revestir-nos da coragem necessária para, sozinhos ou em colaboração com outros, sermos investigadores e construtores autónomos da nossa prática e dos instrumentos a ela ligados.

· Ser realista. Pelo que tenho vindo a referir, o portefólio pode chegar a ser uma poderosa metodologia, integral e integradora de todas as restantes metodologias utilizadas. Pode mesmo chegar a ser o fio condutor de toda a nossa prática lectiva. Mas, antes disso, não deixa de ser mais uma estratégia para articular com as restantes, também elas importantes, uma vez que a diversidade de experiências educativas será sempre fundamental para a riqueza do ensino.

· Ser reflexivo. A implementação desta estratégia é sempre um processo inacabado. Devemos reflectir continuamente sobre o impacto que o portefólio está a ter na nossa prática a na aprendizagem dos nossos alunos e ajustar, modificar, introduzir alterações ou novidades de modo a tirar o melhor partido da metodologia.

Tuesday, September 20, 2005

Ciclo de revisão do portefólio


Devemos ter em conta que as etapas apresentadas são sequenciais e algumas são mesmo simultâneas – como a colecção, organização e reflexão – e com o processo em andamento constituem um ciclo em que, tal como mostra o esquema, uma vez concluída a sequência, voltamos ao início, saltando as fases da planificação (a não ser que desejemos introduzir alterações ou novidades) e da apresentação, recomeçando o ciclo na fase da colecção.

Etapas do portefólio

Tendo em conta várias propostas da bibliografia e a minha própria experiência, considero que, de modo a garantir uma implementação cuidada e harmoniosa, devem ser respeitadas, pelo menos, as seguintes etapas:

Planificação. Envolve sobretudo o professor, mas também os alunos que podem (e devem) ser chamados a dar o seu contributo para a implementação da metodologia.

Apresentação aos alunos. Clarificação dos objectivos do portefólio. Pode ser feita uma apresentação oral da metodologia. Por exemplo, partindo do que os alunos já sabem sobre o termo “portefólio”. Estes, podem nem sequer o conhecer, como podem já ter conhecimento da sua aplicação no campo das artes (pintura, fotografia, arquitectura, etc.) podendo esta aplicação constituir um ponto de partida para a introdução, estabelecendo as semelhanças e diferenças entre este portefólio (conjunto dos melhores trabalhos do artista) e o portefólio do aluno (muito mais de que um conjunto de trabalhos e não necessariamente os melhores). Os alunos podem demorar a interiorizar os princípios da metodologia pelo que é aconselhável o fornecimento simultâneo de uma ficha ou brochura de consulta com as principais orientações.

Colecção. Recolha dos trabalhos. A recolha de evidências para o portefólio pode resultar do normal desenrolar das actividades lectivas. Ou seja, não tem que haver necessariamente um acréscimo de trabalho por parte dos alunos nesta fase. Se já fazemos assentar a nossa prática regular numa confortável diversidade de estratégias e metodologias não teremos dificuldade em ficar satisfeitos com a riqueza de evidências apresentada nos portefólios. Se ainda não o fazemos, poderemos vir a sentir a necessidade de desenvolver novos trabalhos e actividades que ajudem os nossos alunos a demonstrar as suas competências.

Organização. As diferentes evidências devem estar organizadas na pasta ou dossiê de modo a permitir um fácil acesso e consulta. Tal organização pode ser deixada ao critério dos alunos, partir de sugestões nossas ou, como sempre, ser um processo negociado.

Reflexão. A mais importante etapa do processo. Pode ocorrer em vários momentos. Por exemplo, sempre que é adicionada um novo trabalho ou sempre que o portefólio é revisto. Nesta etapa o aluno reflecte sobre cada uma das evidências que seleccionou para o seu portefólio, decide quais são as mais representativas dos seus progressos, das suas capacidades e competências, e que, como tal devem permanecer no portefólio enquanto outras devem sair. Esta reflexão pode ser auxiliada por fichas desenvolvidas para o efeito.

Avaliação. Etapa em que o professor e o aluno se encontram para discutir a avaliação do portefólio. O aluno faz a sua auto-avaliação, que deve também ser escrita, transmite essa percepção que tem do seu trabalho ao professor e este fará chegar ao aluno um feedback – de preferência também escrito – da avaliação que faz do seu trabalho. Cada aluno pode também ser incentivado a solicitar uma co-avaliação por parte de um colega.

Divulgação. Sempre que possível, numa fase mais avançada do processo, deve ser promovida uma apresentação oral do portefólio. Regra geral, os nossos alunos vão desenvolver em relação ao seu portefólio um sentimento de orgulho pelo trabalho desenvolvido pelo que se sentirão motivados para fazer a sua apresentação perante os colegas, professores ou até mesmo os pais, se estes forem convidados a assistir.

Saturday, September 03, 2005

A questão do tempo!


O tempo necessário para desenvolver um portefólio do aluno é normalmente a limitação mais apontada. Todo o processo de desenvolvimento e avaliação do portefólio consome tempo. Tempo da aula, tempo do professor e do aluno fora da sala de aula. É claro que o aluno não vai desenvolver mais trabalhos ou actividades por causa do portefólio. Contudo, precisa de tempo para se dedicar à organização, revisão e reflexão sobre os trabalhos desenvolvidos. O professor, por seu lado, irá gastar mais tempo com a avaliação do portefólio – que se quer mais discutida e/ou assente num suporte escrito. Como em muitas outras tarefas do dia a dia do professor, este tempo torna-se progressivamente menor à medida que este ganha domínio sobre os procedimentos envolvidos. Note-se que esta avaliação funciona como motor da aprendizagem e à medida que se vão fazendo notar as mudanças induzidas pelo portefólio, este transforma-se num tempo útil, um tempo de qualidade, que nenhum professor classificará como “perdido”.

Tuesday, August 30, 2005

Páginas web de interesse

Sobre portefólios de ciências:


http://education.shu.edu/portfolios/AGarcia/portfolioassessment.html

http://www.accessexcellence.org/LC/TL/mahood_port.html

http://www.remc4.k12.mi.us/grmucatholic/mcchs/scidept/portfolios.html



Sobre portefólios em termos gerais:


http://www.teachervision.fen.com/lesson-plans/lesson-20153.html?wtlAC=GS050401,email-h&detoured=1

http://www.enc.org/features/focus/archive/assessment/document.shtm?input=FOC-001560-index,00.shtm

http://edtech.kennesaw.edu/eportfoliocourse/portfolioplanning.htm

http://www.ncrel.org/sdrs/areas/issues/students/earlycld/ea5l143.htm

http://www.educationworld.com/a_admin/admin/admin201.shtml

http://www.educationworld.com/a_issues/issues288.shtml

http://www.plymouth.edu/psc/math/curricula/k6portfo.html



Sobre portefólios de outras disciplinas:


http://www.apm.pt/apm/revista/educ74/materiais_1.pdf

http://www.cadernosnet.pt/cadernos/portefolio.swf

http://www.madeira-edu.pt/estabensino/eb1caramanchao/material_didactico.htm

http://pwp.netcabo.pt/alunos/portfolio.htm

http://www.etni.org.il/ministry/portfolio/default.html


Não posso, neste momento, garantir que todos os links se encontrem activos
!

Bibliografia estrangeira

Barton, J. & Collins, A. (1997). Portfolio assessment:a handbook for educators. Parsippany: Dale Seymour Publications.

Bird, T. (1990). The schoolteacher’s portfolio: an essay on possibilities. In J. Millman & L. Darling-Hammond (Eds.), The new handbook of.teacher evaluation: assessing elementary and secundary school teachers (pp. 241-256), California: Sage Publications.

Borko, H.; Michalec, P.; Timmons, M. & Siddle, J. (1997). Studant teaching portfolios: a tool for promoting reflective practice. Journal of Teacher Education, 48 (5), 345-357.


Cole, D.; Ryan, C.; Kick, F. & Mathies, B. (2000). Portfolios across the curriculum and beyond. Thousand Oaks: Corwin Press, Inc.

De Fina, A. (1992). Portfolio assessment – getting started. New York : Schoolastic Professional Books.

Doolittle, P. (1994). Teacher portfolio assessement. ERIC/AE Digest. Extraído da internet em http://www.ericae.net/db/edo/ED385608.htm.

Epstein, A. (2004). The portfolio process. Pearson Education Inc. Extraído da Internet em http://www.teachervision.fen.com/lesson-plans/lesson-20153.html?wtlAC=GS050401,email-h&detoured=1

Hebert, E. (1998). Lessons learned about studant portfolios. Educational Leadership, April, 583-585.

Hebert, E. (2001). The power of portfolios: what children can teach us about learning and assessment. San Francisco: John Wiley & Sons, Inc.

Lyons, N. (1998a). Portfolios and their consequences: developing as a reflective practitioner. In N. Lyons (Ed.), With portfolio in hand – validating the new teacher professionalism (pp. 247-264). New York: Teachers College Press.

Lyons, N. (1998b). Constructing narratives for understanding: using portfolio interviews to sacaffold teacher reflection. In N. Lyons (Ed.), With portfolio in hand – validating the new teacher professionalism (pp. 103-119). New York: Teachers College Press.

Mabry, L. (1999). Portfolio plus: a critical guide to alternative assessment. Thousand Oaks: Corwin Press, Inc.

Paris, S. & Ayres, L. (1999). Becoming reflective students and teachers whit portfolios and authentic assessment. Washington: American Psychological Association.

Bibliografia nacional

Bernardes, C. & Miranda, F. B. (2003). Portefólio – uma escola de competências. Porto: Porto Editora.

Ceia, C. (2001). A construção do porta-fólio da prática pedagógica: um modelo dinâmico de supervisão e avaliação pedagógicas. INAFOP Jornal. Extraído da Internet e disponível em http://www.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/E_porta_folio.htm

Coelho, C. & Campos, J. (2003). Como abordar …o portefólio na sala de aula. Porto: Areal Editores.

Fernandes, D.; Neves, A.; Campos, C.; Conceição, J. M. & Alaiz, V. (1994). Portfolios: para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexiva. In Pensar avaliação, melhorar a aprendizagem. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.

Grilo, J. M. (2002). Portfolios reflexivos na formação inicial de professores: um estudo na formação inicial de professores de biologia e geologia ao nível do estágio pedagógico integrado. Tese de mestrado não publicada, Universidade de Évora, Departamento de Pedagogia e Educação, Évora.

Grilo, J. M. (2005). Portefólio das ciências: Uma pasta com gente dentro. Caderno do Professor de apoio ao manual de Ciências Terra Viva – 6ºAno. Lisboa: Santillana-Constância Editores.

Grilo, J. M. & Machado, C. G. (2003). Os portfolios na formação inicial de professores: instrumentos alternativos para formar profissionais reflexivos? In Neto, A. et al. (Org.) Didácticas e Metodologias da Educação – Percursos e Desafios (pp. 869-878). Évora: Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora.

Grilo, J. M. & Machado, C. G. (2005). Portfolios Reflexivos na Formação Inicial de Professores de Biologia e Geologia: Viagens na Terra do Eu. In Sá-Chaves, I. (Coord.) Os “Portfolios” Reflexivos (Também) Trazem Gente Dentro: reflexões em torno do seu uso na humanização dos processos educativos (pp. 21-49). Porto: Porto Editora.

Nunes, J. (1999). Portfolio: uma nova ferramenta de avaliação? Noesis, 52, 48-51.

Nunes, J. (2000). O professor e a acção reflexiva – Portfolios, “Vês” heurísticos e mapas de conceitos como estratégias de desenvolvimento profissional. Porto: Edições ASA.

Sá-Chaves, I. (2000). Portfolios reflexivos – estratégia de formação e de supervisão. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Valadares, J. & Graça, M. (1998). Avaliando para melhorar a aprendizagem. Colecção Plátano Universitária. Lisboa: Plátano Edições Técnicas.

Mais uma proposta!



Excerto final do 1º Capítulo:
O estudo que desenvolvemos parece vir pôr a descoberto algumas fraquezas do actual modelo de estágio e de formação inicial que é urgente repensar.
Vários serão, certamente, os caminhos para essa reformulação. Contudo, tudo nos leva a crer que um dos caminhos mais prometedores será aquele que envolve o uso de portefólios reflexivos, pelo seu contributo para o crescimento pessoal e profissional do professor, pelo seu carácter integral e integrador de todas as restantes metodologias, pela forma como podem chegar a envolver toda a comunidade educativa em torno de objectivos e linguagens comuns, pelo seu potencial para se afirmarem como o fio condutor de todo uma nova dinâmica de formação.
Numa entrevista recente, a primeira depois de cumprir 80 ano de vida, José Saramago diz que todos os livros, e em particular os seus, deviam levar uma cinta com estas palavras: “atenção, este livro leva uma pessoa dentro”.
Este aviso, pelo que implica de entrega e exposição do autor e pelo apelo que faz à cumplicidade do leitor, poderia, segundo cremos, ser facilmente transposto para o portefólio reflexivo, tal como aqui o concebemos. E então diríamos: “atenção, este portefólio leva um professor dentro”. E que o aviso fosse entendido como um convite à descoberta.

Caderno de Portefólio

Este caderno, que faz parte do projecto para o manual de Ciências Naturais do 6ºAno da editora Santillana, destina-se a apoiar a criação do Portefólio de Ciências. É o resultado de toda a investigação e aplicação prática da temática desenvolvida pelo autor/vosso servidor ao longo dos últimos anos. Na modesta opinião do mesmo, representa a forma mais simples, prática e objectiva de entrar no mundo dos portefólios. De Ciências ou não!

Wednesday, August 24, 2005

O mau da fita?!


Em resposta a IC, que saúdo por aparecer, felicito pelo seu blogue e espero que apareça mais vezes, volto a falar do teste de avaliação. Reconheço que quando o comparei com o portefólio tracei dele o quadro mais negro possível. Há aqui uma ponta de irritação com a tradicional hegemonia deste sacrossanto instrumento que tenho dificuldade em disfarçar. Salvaguardando a ponta de exagero, faço-o também porque esse quadro não anda muito longe do modo como ele é encarado e utilizado por muitos dos nossos colegas.
É claro que nenhum instrumento de avaliação tem, só por si, qualquer valor intrínseco. É o quadro conceptual em que se enquadra que lhe confere legitimidade e razão de ser. Tal como podemos estar a desenvolver portefólios nas nossas aulas sem estarmos a ser “inovadores”, se continuarmos a ter uma visão “tradicional” do ensino e da aprendizagem, também podemos utilizar o teste de avaliação de modo construtivista e apelando continuamente à metacognição. O trabalho no pós-teste de que fala, assim como o pré-teste e até o teste em duas fases permitem operar essa mudança.
Portanto, o teste não é por força o ”mau da fita”. Pode ter um papel importante a desempenhar no nosso ensino, e se articulado com outros instrumentos de avaliação (como o portefólio!), tanto melhor. O segredo está na diversidade.

Tuesday, May 31, 2005

Portefólio itinerante


Durante alguns dias – não chegou a uma semana – esteve na minha turma de 9ºAno uma aluna que pertencia a uma circo que passou por Vila Viçosa. A Diana passa a vida a saltitar de terra em terra e não foi capaz de me dizer por quantas escolas já passou este ano lectivo. Por isso, surpreendeu-me a postura que mostrou na sala: o profundo interesse por tudo o que estava a ouvir, a simpatia e o à-vontade que mostrou perante a turma, que a recebeu com alguma desconfiança e se despediu dela com trocas de moradas e números de telefone. Para os meus alunos, para quem ir todos os dias para a mesma escola, com os mesmos professores é uma grande “seca” a sua passagem foi uma autêntica lição de vida.
A Diana trazia com ela um dossiê com as fichas, testes, trabalhos que foi fazendo nas escolas por onde passou e que mostrava o que aprendeu. A Diana não sabia, mas trazia consigo o seu portefólio. Falei-lhe do conceito de portefólio e dei-lhe a informação e os instrumentos necessários para a ajudar a organizar o seu trabalho futuro nesta perspectiva. Não sei se o está a fazer.

Sunday, April 24, 2005

Portefólios versus "instrumentos tradicionais"

Pela sua pertinência, procuro responder aqui às questões que coloca o José Gil, a quem agradeço, desde já, a visita!
Procurando simplificar (isto dava para uma grande conversa), de facto, com o portefólio procuramos saber o que o aluno sabe e é capaz de fazer (dito de outro modo, procuramos identificar as suas competências) e essa é a grande vantagem para o professor.
Contudo, o grande potencial do portefólio não está no que faz “pelo professor” (que já é muito!) mas sim no que pode fazer “pelo aluno”. Através do portefólio o aluno é constantemente solicitado a tomar consciência das suas capacidades e competências (o que já sabe) e a identificar as suas limitações (o que precisa de saber) para, a partir daí, definir metas para o futuro (o quer vir a saber). Esta auto-regulação e auto-avaliação tornam o aluno no primeiro responsável pela sua aprendizagem e ajudam o aluno a aprender a aprender (a tal metacognição!).
Os instrumentos de avaliação mais “tradicionais” não têm este poder. No teste, por exemplo, onde está o potencial de aprendizagem para o aluno? O teste é algo que se faz para “servir o professor” e que a seguir passa à história. Como se corrigem os erros identificados? O teste avalia no final de um percurso e avaliar só no fim é chegar demasiado tarde para mudar seja o que for.
No entanto, até de um teste podemos extrair “mais qualquer coisa”. Ao integrá-lo no seu portefólio o aluno é convidado a reflectir sobre aquele teste, o que correu bem, o que correu mal, as questões que já esperava e as que o surpreenderam, se o modo como se preparou foi o mais adequado e, não sendo, o que vai mudar na sua forma de trabalhar…
Adoptando esta filosofia em relação a todos os trabalhos seleccionados (e levando mesmo à reformulação de alguns) estamos continuamente a construir e reconstruir aprendizagem.
Assim, o portefólio deve ser, sobretudo, um instrumento ao serviço do processo de aprendizagem - pessoal e único - de cada aluno. Tal não quer dizer que o trabalho desenvolvido pelo aluno com o seu portefólio não deva ser avaliado, mas os critérios de avaliação devem ser simples, claros e ir de encontro aos princípios da metodologia na perspectiva em que a apresento: por exemplo, “cumprimento dos requisitos estabelecidos”, “apresentação”, “organização”, “evidências de reflexão”, “evidências de auto-avaliação”, etc.

Saturday, April 23, 2005

Site canadiano

Encontrei um bom site canadiano (pode optar-se pelo inglês ou pelo francês) sobre portefólios:

http://www.qesnrecit.qc.ca/portfolio/port_eng.html

Apesar de já não ser actualizado há algum tempo, tem muito boa informação teórica sobre as diferentes abordagens ao portefólio (do professor, do aluno, digital, …) e alguns materiais de apoio, sobretudo para o primeiro ciclo. Também oferece o software para os alunos desenvolverem um portefólio da escrita.

Tuesday, April 19, 2005

Portefólios por decreto?

Estive ontem na Universidade de Évora onde falei sobre portefólios para uma plateia composta por alunos do 4ºano da Licenciatura em Ensino de Física e Química e professores do 1º Ciclo do Ensino Básico já inseridos na carreira docente. Sendo dois grupos muito distintos na sua natureza, todos mostraram grande curiosidade e interesse em saber um pouco mais sobre a temática, e também manifestaram preocupações semelhantes, em concreto no que diz respeito à avaliação.
Os alunos de Física-Química estão mais preocupados com as normas que devem cumprir na elaboração do seu portefólio e o modo como este será avaliado. Procurei deixar a ideia de que quanto menos normas forem impostas, deixando maior espaço à personalização, melhor!
Também deixei a ideia de que não se deve avaliar o portefólio mas sim o professor/estagiário através do portefólio.
Os professores do 1ºCiclo mostraram-se preocupados com a hipótese (que já por aí circula) de que os actuais Relatórios Críticos de Desempenho venham a ser substituídos por portefólios. Penso que se tal acontecer, apenas por decreto, nada de novo e significativo será adicionada à formação contínua de professores. O que é preciso é mudar mentalidades e formas de actuar.
Numa avaliação dos professores séria, acompanhada, contextualizada e promotora do desenvolvimento pessoal e profissional do docente há um importante lugar para o portefólio. Noutra qualquer forma de avaliação só há lugar para o mau uso da metodologia. Eu não sou pessimista, mas pelo que conheço deste país em que vivemos...